Citizen Journalism | Jornalismo do Cidadão
This one is going to be short and sweet. I have already witten a post about this, and much of the problems that applied earlier in the relationship between bloggers and journalists are easily transferred here, with a few more important details. Citizen Journalism The big question: can citizens be journalists? The short answer: yes. The difference is in a set of characteristics that separate the citizen journalism from the freelancer/hired/part time journalist i defined in a previous post:
Still, many don’t believe that a citizen is capable of creating a journalistic piece. I could build a chair and not be a professional carpenter. And it could the most comfortable reliable ass-sitting piece of furniture ever made, better than a pro would do, or it could even be a wobbly one, good enough for the fireplace, that it would still be a chair. There is lots of of journalism that is good enough, for that: to burn. The point is, regular people can do it, with more or less skill. They won’t do it often, but i say their participation is important, and their input priceless. This forced a whole new relationship between the once before isolated media and the passive, yet eager to participate audience. New forms of collaboration and new spaces where only the seasoned pros dwelled were created. Though sometimes it all looks like a joke to me – they reduce citizen journalism to candid camera – there are others who will gladly use citizen participation to create new contents otherwise impossible to make. The audience is shaping the agenda and the creation of contents in more or less subtle ways, sharing info, sending pictures, or just by suggesting new themes or funding stories. In the future, citizens will be actively shaping the journalistic activity in different manners: -sending data, pictures, via Twitter or directly to the websites or mashups; -organizing huge amounts of information that one journalist alone couldn’t fathom; -proposing and/or funding stories; -by being new distribution channels, sharing the news via social networking (this is a huge growing trend); -by directly commenting, correcting, or updating the info, making the articles evolve and become more accurate; -and many other things i’m not even imagining or remembering now, if you have any suggestions leave them in the comments; Journalists will be organizing this flow of contribution / demand created by the audience (leaving this carefree attitude behind), who is no longer a mere holder of papers and remotes, but an active element of news creation and distribution. Does this makes a citizen a journalist? No, but more like an editor. But back to the main issue, some argue that whatever a citizen may create it can hardly be considered as journalism, because journalism implies rules, certain objectives bla bla bla…we can also argue then that many journalism, by those standards, isn’t journalism at all.Not a good logic to apply here, nonetheless it is true. This is not getting as short as i intended to so let me finish it sweet: Citizens can be Journalists (under the features i listed before). Now i’d just love to see some journalists become better citizens. |
Este vai ser curto e meigo. Eu já escrevi um post sobre isto, e muitos dos problemas que se aplicaram antes à relação entre bloggers e jornalistas podem ser facilmente transferidas para aqui, com apenas mais uns pormenores importantes. Jornalismo do Cidadão A grande pergunta: podem os cidadãos ser jornalistas? A resposta curta: sim. A diferença está num conjunto de características que separam o jornalismo do cidadão do jornalista freelancer/contratado/part-time, que já listei num post anterior:
Mesmo assim, muitos ainda não acreditam que um cidadão é capaz de criar uma peça jornalística. Eu podia fazer uma cadeira e não ser um carpinteiro de profissão. E até podia ser a mais confortável e estável peça de mobiliário para assentar o rabo jamais feita, melhor do que por um profissional, ou até podia ser uma toda torta, boa apenas para arder na fogueira, que ainda seria uma cadeira. Existe muito jornalismo que é tão bom como isso, para arder. A ideia é que pessoas normais podem fazê-lo, com maior ou menor capacidade. Não o farão muitas vezes, mas eu digo que a sua participação é importante, e o seu contributo valiosíssimo. Isto impôs uma toda nova relação entre os antes isolados media e o passivo mas desejoso de participar público. Foram criados novas formas de colaboração e novos espaços apenas disponíveis antes para profissionais experientes. Apesar de às vezes me parecer uma enorme piada – eles reduzem o jornalismo do cidadão a uma espécie de “apanhados”– há outros que de bom grado usam a participação dos cidadãos para criar novos conteúdos que de outra forma seriam impossíveis de fazer. O público está a moldar a agenda e a criação de conteúdos de forma mais ou menos subtil, partilhando informação, enviando imagens, ou apenas sugerindo novos temas ou financiando reportagens. No futuro, os cidadãos irão activamente moldar a actividade jornalística de várias formas: -enviando dados, imagens, via Twitter ou directamente para os sites ou mashups; -organizando enormes quantidades de informação que um só jornalista não conseguiria tratar; -propondo e/ou financiando reportagens; -sendo mais um canal de distribuição, partilhando as ntícias via redes sociais (esta é uma tendência em crescimento); -comentando, corrigindo ou actualizando a informação directamente, fazendo evoluir os artigos e a torná-los mais correctos; -e muitas outras coisas que nem imagino ou me lembro agora,se tiverem sugestões deixem nos comentários; Os jornalistas irão organizar este fluxo de contributos/procura criados pelos utilizadores, (deixando esta ideia despreocupada para trás) que não são mais apenas suportes de jornais e comandos de televisão, mas um elemento activo na criação e distribuição de notícias. Isto faz deles jornalistas? Não, talvez mais editores. Mas de volta à questão principal, alguns podem dizer que o que um cidadão cria dificilmente pode ser considerado como jornalismo, porque isso implica regras, certos objectivos, blá blá… também posso argumentar que muito jornalismo, por esses padrões, também não pode ser considerado como tal. Não é uma boa lógica para se aplicar aqui, todavia é verdade. Isto não está a ficar tão curto como queria, por isso vou terminar meigo: os Cidadãos podem fazer de Jornalistas (dentro das características listadas antes). Agora adorava ver alguns jornalistas ser melhores cidadãos. |
READ ALSO ABOUT THE OTHERS | LEIAM TAMBÉM SOBRE AS OUTRAS
The Death of Newspapers | A morte dos Jornais
Bloggers vs Journalists | Bloggers vs Jornalistas
Death of the blogosphere | Morte da Blogosfera
Caro Alexandre,
irritante ou não, a discussão sobre o jornalismo colaborativo (ou cidadão, como queiras chamar) é mais profunda e séria do que este post teu. “Leviano” é o mínimo que posso dizer a respeito de uma “análise” que fizestes encerrando a questão. Veja isto:
“A grande pergunta: podem os cidadãos ser jornalistas? A resposta curta: sim.”
Para veres o quanto esta discussão não é tão simplista como a percebes, minha resposta à tua pergunta é “Não. O cidadão leigo pode ser repórter. E não jornalista”. Sim, porque HÁ DIFERENÇA entre estas identidades profissionais. Basta ler qualquer livro de jornalismo ou mesmo atuar na área para entende essa realidade.
Outros aspectos que demonstram que a questão não é tão rasa quanto te parece: recorri a inúmeros pesquisadores, me debrucei formalmente por 2 anos em uma pesquisa de mestrado, estive duas vezes na Coréia do Sul e observo o fenômeno desde 2003. Apesar de tanto esforço, não me sinto à vontade para encerrar a discussão.
Ela é atualíssima, está amplamente presente na mídia e a cada dia surgem novas experimentações. Isso é muito rico e deve ser observado de perto por quem reconhece o valor do jornalismo colaborativo (ou cidadão).
Que pena que esse tema te parece só e tão “irritante”. Só posso concluir que estás plenamente inapto a participar ou interferir neste debate tão profícuo.
Olá Ana, obrigado pela tua resposta e desde já digo-te que tens razão em grande parte do teu comentário.
Tinha duas intenções quando decidi fazer esta série: a primeira por as discussões em debate; a segunda brincar um pouco com elas – sim fui leviano- e ver quem é que vinha refutar as minhas ideias, que não defendo como absolutamente certas. Daí ter chamado de “irritantes” e não de “aborrecidas” ou “caretas”. É um tema onde sinceramente não se tem avançado muito no debate, e cuja evolução está a ser mais rápida do que a análise.
A distinção que fazes entre jornalista e repórter é obviamente correcta, mas decidi ser mais genérico e aplicar o termo tanto aos profissionais como aos cidadãos, porque quis pegar na questão mais básica. Aliás, caracterizei o “jornalismo” do cidadão em vários pontos, com os quais deves concordar em grande parte, e remeto nesta discussão para outro post meu sobre jornalismo do cidadão, onde tentei aprofundar mais o assunto. Se não concordas diz onde.
Tens uma enorme vantagem sobre mim pela investigação que fizeste, mas não confundas provocação com inépcia. O teu conhecimento é valioso e está baseado num trabalho prolongado. A minha opinião e as minhas ideias valem o que valem, mas acho que negares a minha participação no debate por falta de capacidade é um pouco exagerado. Além disso, eu não sei escrever verdades absolutas, e se escrevo sobre um determinado assunto é porque quero vê-lo discutido por e com pessoas com mais conhecimentos do que eu para que eu possa aprender com elas. Não quero estar certo, quero saber mais. Aqui tens sempre espaço para mostrares a tua perspectiva e dizeres que estou errado, nos termos correctos.
Acho que falhaste na interpretação das minhas ideias e na minha intenção, mas espero ter-te esclarecido. Espero que me aches menos inapto agora, já que a tua resposta foi exactamente aquilo que eu estava à procura de conseguir com estes posts. Obrigado.