05
Fev
09

Top 5: Most Annoying Discussions | Discussões mais irritantes


Death of the blogosphere | Morte da Blogosfera

Really? | A sério?

Really? | A sério?

This is not an annoying question, rather a funny one. I never understand if people are writing epitaphs on a genre, a movement, or a technical resource.

Death of the blogosphere

The real question: when will all these lousy writing ill tempered idiots shut the hell up? When blogs first appeared they were the personal expression of techie users that used it to convey their thoughts and opinions, beyond the ugly looking websites of that era (this was more or less 10 years ago, stone age internet). Then a platform was created where the less tech savvy could do the same, for free. At the same time, history and technology – faster web connections and computers becoming household items- help to democratize the phenomenon. Anyone could spurt their most inner thoughts to Babel’s Library that is the Internet. And anyone could read them.

We saw the daily lifes of uninteresting, interesting people unfold before our eyes, but also had access to great unknow writers, photographers, musicians (myspace came later), and the work and analisys of experts in many different fields. Blogs were the major breakthrough of personal publishing, the beggining of self media. The biggest revolutionary tool since Guttenberg’s printer. It paved the way for other resources like YouTube and image hosting websites. Without blogs, the web would have never been the same.

But if at first they were ignored by the mass media (the former name of Traditional Mainstream Media),  soon some intelligent voices rised above the anonymous crowd. Some even started to compete with corporate media, gathering and publishing information faster, better than the slow old fashion news structures. This was the beggining of the end of the 20th century media paradigm. Blogs were attacked fiercely by the pros, saying they lacked credibility. This has been already pointed out here. Still, their main features – being user friendly and powerful- gave them a whole new status.

And just like any revolution, it became the norm. Blogs are the first available online self publishing tool for everyone who wants to share anything with the world – and a useful tool for young journalists too. Many services offered the same product for free or for a small fee, and the growth was exponential. Then social networking came up.

There was a new kid on the block: social websites where we could expose all of our information just like in blogs and make friends. This was a major shift in the communication model – community has the same root – and people used them both, or just kept a online profile where they could share not their thoughts but their tastes, music, videos, pictures. Narcisus strikes again. This was far more easy than writing regularly, because it’s hard work to keep a blog, and as we know, most people are plain lazy. Somewhere along the way those concepts somewhat merged. Still there were some voices already crying the death of blogs. Since it takes time for something to decline, no matter how much we know it will happen, everything remained quite the same: the numbers grew and the blogosphere gained credit in the eyes of public opinion, eager for new, valuable public voices.

Then last year, it was dead again. Main suspect: Twitter. Twitter is known as a microblogging tool because of the 140 char limit. I prefer to call it as social blogging. You blog to a selected audience, just like our friends in social networks. But that’s just the point: you blogged because you wanted to share something. That was the whole idea from the start.The noise has just moved somewhere else.

In my view, and others, blogs aren’t dead. They grew. Some became corporate machines. Others became profitable ventures. Others remained as the public diaries of anonymous people just like many who still see them. So that’s why blogs, no matter in what platform they’re built, aren’t going to die, as long there are people willing to express themselves and need a user friendly platform to do it. Blogs will become like a cult, a marginal format rich with intelligent content. Or not. But the most important is that it will be used by millions of people, out of the market logic that settled in. It will be a return to the roots.

So blogs aren’t dead. Stop confusing death with growing up. And this applies to all the proclaimed media deaths out there.

Esta não é uma questão irritante, mas mais uma engraçada. Nunca percebi se estão a escrever epitáfios para um género, um movimento, ou um recurso técnico.

A morte da blogosfera

A questão verdadeira: quando é que estes idiotas iliterados mal dispostos se calam de vez? Quando os blogs apareceram eles eram a expressão pessoal de utilizadores com conhecimentos técnicos que os usavam para transmitir as suas ideias, fora dos sites horríveis da época (isto há mais de 10 anos atrás, internet da idade da pedra). Depois forma criadas plataformas onde os menos tecnicamente capazes podiam fazer o mesmo, de borla. Ao mesmo tempo, a história e a tecnologia – ligações de net mais rápidas e computadores mais acessíveis- ajudaram a democratizar o fenómeno. Qualquer um podia despejar os seus pensamentos mais íntimos para a Biblioteca de Babel que é a Internet. E qualquer um podia lê-los.

Vimos a vida de pessoas interessantes, desinteressantes desenrolar-se nos nossos ecrãs, mas tmabém tivemos acesso a grandes escritores desconhecidos, fotógrafos, músicos (o myspace veio mais tarde), e o trabalho e a análise de especialistas de várias áreas. Os blogs foram o grande avanço na publicação pessoal, o princípio dos self-media. A ferramenta mais revolucionária desde a impressora de Guttenberg. Abriu caminho para outros recursos, como o YouTube, e sites de alojamento de imagens. Sem os blogs, a web não teria sido a mesma.

Mas se a princípio foram ignorados pelos mass media (o antigo nome dos mainstream media tradicionais), rapidamente algumas vozes inteligentes   sobressaíram da multidão anónima. Alguns até competiam com os media corporativos, recolhendo e distribuindo informação mais rápido e melhor que as lentas e antiquadas estruturas noticiosas. Este foi o princípio do fim do paradigma mediático do século XX. Os blogs foram atacados impiedosamente pelos profissionais, acusando-os de falta de credibilidade. Ainda assim, as suas características mais fortes – fáceis de usar e poderosos- deram-lhes um novo estatuto.

E como em qualquer revolução, transformaram-se na norma. Um blog é a primeira ferramenta online de publicação própria para quem quiser partilhar algo com o mundo – e são importantes para jovens jornalistas também. Muitos serviços ofereciam o mesmo produto de borla ou quase, e o crescimento foi exponencial. Depois vieram as redes sociais.

Havia um miúdo novo no bairro: os sites sociais onde podíamos expôr toda a nossa informação como nos blogs e fazer amigos. Esta foi uma grande mudança no modelo de comunicação – comunidade tem o mesmo radical – e as pessoas usavam os dois, ou mantinham apenas um perfil online onde partilhavam não só as suas ideias mas gostos, música, vídeo, fotos. Narciso ataca outra vez. Era mais fácil que escrever regularmente, como sabemos, a maioria das pessoas é preguiçosa. Ao fim de um tempo esses conceitos fundiram-se. Aí ouviram-se vozes a apregoar a morte dos blogs. Como se demora algum tempo para o declínio de algo, mesmo que seja inevitável, ficou tudo basicamente na mesma: os números cresceram, e a blogosfera ganhou crédito perante a opinião pública, ansiosa por novas e valiosas vozes públicas.

Mas no ano passado, morreram outra vez. Suspeito principal: Twitter. O Twitter é conhecido como microblogging, por causa dos 140 caracteres. Eu prefiro chamar-lhe de blogging social. Blogamos para uma audiência escolhida, como os nossos amigos nas redes sociais. Mas essa é a ideia: blogamos porque queremos partilhar algo. Era o que se pretendia desde  início. O ruído mudou-se apenas para outro lado.

A meu ver, e de outros, os blogs não estão mortos. Alguns tornaram-se máquinas corporativas. Outros empreendimentos lucrativos. Outros continuaram a ser os diários públicos de pessoas tão anónimas como o seu público. Por isso é que os blogs, sejam feitos em qualquer que seja a plataforma, não vão morrer, enquanto houver pessoas com vontade de se expressar e precisarem de uma plataforma simples para o fazer. Os blogs vão se tornar num objecto de culto, um formato marginal, rico em conteúdos inteligentes. Ou não. Mas o mais importante é que serão usados por milhóes de pessoas, fora da lógica de mercado que se estabeleceu. Será um regresso às raízes.

Por isso os blogs não estão mortos. Parem de confundir morte com maturidade. E isto aplica-se a todas as mortes de medias por aí fora.

Un blog es una herramienta de trabajo, nada más. Y no es revolucionaria ni es fenomenal. Es útil para el que tenga algo que decir. Para lo demás, habrá siempre nuevas modas.

De aquí a dos años, si Luis Rull y sus socios me invitan, estaré otra vez en esta sala, y seguramente también estarán aquí ustedes, que no son blogueros sino generadores de contenidos, y entre todos haremos el velatorio del blog, el duelo del blog. Festejaremos su muerte mediática y su nacimiento real.

Y un rato después, sin lastres, sin presiones, sin revoluciones tecnológicas, nos pondremos a trabajar, como siempre, en nuestras obsesiones primarias. A trabajar y a mejorar nuestros oficios de fotógrafos, divulgadores, profesores, escritores, periodistas, poetas, informáticos, arquitectos, estudiantes, humoristas, diseñadores, empresarios, monologuistas y comunicadores.

Apuesto a la muerte de la herramienta en manos de revolucionarios, y de fenómenos, y de la manipulación de los modernitos sin oficio conocido. Apuesto a la normalización y a la costumbre. Apuesto a que, una vez desaparecido el san benito de la revolución, el formato surgirá con tanta fuerza que será invisible, útil y cotidiano.

Apuesto a que entonces sí, por fin, prevalecerá el talento.

Una charla sobre la muerte de los blogs ,Hernán Casciari

READ ALSO ABOUT THE OTHERS | LEIAM TAMBÉM SOBRE AS OUTRAS

The Death of Newspapers | A morte dos Jornais

Bloggers vs Journalists | Bloggers vs Jornalistas

Citizen Journalism | Jornalismo do Cidadão


AddThis Social Bookmark Button

Share on FriendFeed


2 Respostas to “Top 5: Most Annoying Discussions | Discussões mais irritantes”


  1. 6 de Fevereiro de 2009 às 3:42 pm

    great article!!
    I would like to be noticed by email when you publish new article

    com cumprimetos
    cheers from Slovenia


Deixe uma Resposta

Preencha os seus detalhes abaixo ou clique num ícone para iniciar sessão:

Logótipo da WordPress.com

Está a comentar usando a sua conta WordPress.com Terminar Sessão /  Alterar )

Facebook photo

Está a comentar usando a sua conta Facebook Terminar Sessão /  Alterar )

Connecting to %s


I moved | Mudei-me

Sharks patrol these waters

  • 132.770 nadadores|swimmers
who's online

Add to Technorati Favorites

View my FriendFeed



Twitter

Add to Technorati Favorites Creative Commons License

Naymz | LinkedIn

View Alex Gamela's profile on LinkedIn

View Alex Gamela's page at wiredjournalists.com


Videocast

Top Clicks

  • Nenhum

a

Ouçam o meu podcast AQUI | Listen to my podcast HERE |


My del.icio.us

Use Open Source

LastFM

 

Fevereiro 2009
S T Q Q S S D
 1
2345678
9101112131415
16171819202122
232425262728  

%d bloggers gostam disto: