Arquivo de Outubro, 2008

31
Out
08

Links para o fim de semana | Links for the weekend

7 Eye-popping interactive timelines (and 3 ways to create one)

O 10000words é já um link frequente por aqui, desta vez as sugestões centram-se em timelines.

The 10000words blog is a frequent link around here, this time the suggestions are all about timelines.

Learning How to Make Multimedia Story Decisions

By multimedia story, I mean a story that smoothly integrates video, text, still photos, audio and graphics. Usually, news websites fail to combine mediums in their stories, instead posting stand-alone text or video stories side by side. Often such stories are print or broadcast content that have been “repurposed” for the web. Repurposing is understandable, growing out of an economic need to make the most of the content by distributing it across several platforms.

But journalists need to understand that the Internet is not just another distribution channel. This is the starting point for multimedia journalism, defined by journalist and educator Jane Stevens as:

Some combination of text, still photographs, video clips, audio, graphics and interactivity presented on a website in a non-linear format in which the information in each medium is complementary, not redundant.

Alfred Hermida conta neste post como é que explica aos alunos como tomar decisões em relação a histórias multimédia.Não pensem que é fácil.

Alfred Hermida tells in this post how he teaches his students to make multimedia story decisions. Don’t believe it’s easy.

Ferramentas de media social para jornalistas.

Social media tools for journalists.

redesocial.gif

Uma das coisas que tem chamado minha atenção já há algum tempo são os processos de construção de capital social nas redes sociais na Internet. Isso porque os sistemas que suportam tais redes implicam em mudanças bastante expressivas nos modos através dos quais esses valores são construídos e moldados. Primeiro porque há uma maior controle disso na Rede – inclusive passível de mensuração quantitativa- ao contrário das redes offline (quando há mais uma percepção do que uma efetiva mensuração). Segundo, porque esses valores são bastante alterados quando trazidos para a rede.

Reputação, Popularidade e Autoridade em Redes Sociais na Internet

Raquel Recuero fala de três pontos importantes dentro das redes sociais: Reputação, Popularidade e Autoridade.

Raquel Recuero talks about three fundamental points in social networking : Reputation, Popularity and Authority. In portuguese.

Continue a ler ‘Links para o fim de semana | Links for the weekend’

31
Out
08

Entrevista : Dave Cohn em foco – Spot.us

(English version here)– versão inglesa crossposted com o OnlineJournalismBlog.com

Entrevista em video- aqui e aqui.


Dave Cohn é o fundador do Spot.us, um projecto sem fins lucrativos e baseado em jornalismo financiado pela comunidade. Esta sugestão para um novo modelo de negócio valeu-lhe uma bolsa da Knight News Challenge. Na véspera de lançar o site oficial do Spot.us, falei com o Dave como é que ele ia pôr as suas ideias em prática, e quais são as suas perspectivas sobre o presente estado do jornalismo.

Quatro meses depois de ter ganho a bolsa da KNC, Dave Cohn é um homem satisfeito. Ele começou apenas com um wiki, onde apresentou e testou as diversas vertentes do seu projecto, e rapidamente conseguiu financiar três reportagens, e neste momento está prestes a financiar uma quarta. Tudo isto ainda antes de ter um site oficial.

A forma como o Spot.us funciona é muito simples: alguém – um jornalista, um cidadão, uma comunidade – propõe um tema para ser investigado jornalisticamente; a reportagem é aberta a financiamento, e quem quiser pode contribuir com uma pequena quantia; se o valor alvo for atingido, um jornalista investiga e escreve a história; e finalmente, é publicada.

Até agora, este modelo tem funcionado:

“Angariámos 3000 dólares de cerca de 100 doadores,  uma média de 33 dólares cada”

“É como poesia digital”

Dave Cohn tem dado a sua contribuição para o jornalismo em rede há já algum tempo, trabalhando com pessoas como Jay Rosen e Jeff Jarvis.

Ele tem fortes convicções sobre as possiblidades trazidas para o jornalismo pela web, no imenso poder das comunidades, e também numa mudança de atitude por parte dos jornalistas.

“Os jornalistas e o jornalismo são uma diáspora hoje em dia, fomos de certa maneira enxotados da pátria dos jornais, e precisamos de perceber para onde é que podemos ir a partir daqui.”

Apesar de ter reflectido durante muito tempo sobre estas questões, o conceito subjacente ao Spot.us é bastante recente para ele:  “Eu estou a trabalhar na ideia do Spot.us há pouco mais de um ano.”

Pode parecer que é simples, mas a tarefa de construir uma plataforma tem sido complexa.

“Construir um website é em geral complexo, e isto também é construir uma organização. Tenho que me lembrar que é sem fins lucrativos, por isso existe um enquadramento por detrás, que é novo para mim”.

Mas Dave Cohn está entusiasmado:

“Adoro cada minuto, porque é como se fosse poesia digital. Tenho a oportunidade de construir este website como o imaginei, e é claro que há situações que surgem e que me obrigam a apagar alguns fogos e fazer certas coisas, mas que fazem todas parte deste processo, de, novamente, poesia digital.”

E quem pode participar? Spot.us “não é uma organização noticiosa”, por isso ele diz que não esta interessado em contratar ninguém. É “um mercado, uma plataforma que os jornalistas independentes podem usar para financiarem  os seus projectos”.

“É para jornalistas freelance, e funciona proposta a proposta. Encorajamos toda a gente a fazer propostas, toda a gente que queira fazer isto profissionalmente.”

No entanto, ele anunciou recentemente que estava à procura de jornalistas e comunidades para trabalhar com ele.

O projecto tem sido promovido de duas formas distintas: uma, mais tradicional e que conta com a colaboração de uma empresa de marketing. A outra baseia-se numa aproximação directa às comunidades organizadas:

“Não se trata realmente de marketing, mas de colaborar com pessoas que já têm comunidades organizadas, e dizer:’Olhem, vocês são uma comunidade, têm investido interesse em alguma coisa, querem que seja tratada jornalisticamente por um jornalista profissional, qual é? Vamos descobrir então o que é e como é que um jornalista profissional pode fazer o trabalho.”

E que papel  Dave tem nisto tudo?

“Eu sou um empreendedor, unicamente interessado nas questões do jornalismo.O que me apaixona e motiva é tentar perceber como é que o jornalismo pode continuar a prosperar, apesar da morte das suas instituições. Por isso sou um jornalista/empreendedor no sentido em que estou a tentar ver como o jornalismo se pode repensar e redefinir para que consiga continuar.”

Crowdfunding como um novo modelo de negócio

Um dos assuntos mais discutidos na blogosfera dedicada aos novos média é como encontrar um modelo de negócio sustentável para a indústria das notícias. O modelo de crowdfunding do Spot.us levantou algumas suspeitas sobre a possibilidade de que alguns grupos com uma agenda própria pudessem financiar reportagens específicas, deturpando assim o objectivo informativo do projecto, em comparação com uma suposta idoneidade dos media tradicionais.

Dave Cohn é muito claro:

“Não existe tal coisa como dinheiro limpo. É um mito que o dinheiro dos jornais é limpo. E qualquer um que trabalhe em jornalismo sabe a história de um editor que interrompeu uma investigação porque teria posto em causa algum dinheiro em publicidade.”

Ele defende que o processo tem de ser transparente em todas as etapas, e mostrar  “de onde vem o dinheiro, limitar as doações.”

Além disso, os nomes e a reputação dos profissionais envolvidos estariam em jogo – o jornalista que se propôs a escrever o artigo, o editor, e os média que vão publicar a história.

Cohn acredita que o papel da comunidade é crucial e que tudo mudou assim que as pessoas tiveram acesso às novas ferramentas da web:

“Talvez nos anos 60, organizar uma comunidade significava juntar um monte de pessoas e manifestarem-se, mas agora os jovens quando querem organizar uma comunidade criam média: criam um vídeo no YouTube, ou um movimento no Facebook.”

“E eu acredito que existirão cada vez mais projectos de jornalismo do cidadão com sucesso, e serão liderados por dirigentes cívicos ou comunitários, que assumiram essa responsabilidade e disseram: olhem, esta é um problema na minha comunidade, como é que posso resolvê-lo? Pomo-lo online, organiza-se online, ao criar média.”

Uma das maiores alterações no paradigma informativo é a necessidade crescente – e a capacidade –  que as pessoas agora têm de exigir que assuntos que  lhes são próximos façam parte da agenda noticiosa. E isto levantou questões sobre a eficácia e o papel do jornalismo, e como servia essa necessidade.

“As pessoas têm uma séria necessidade de informação,” e “é isso que o jornalismo deveria fazer: servir a necessidade de informação das pessoas.”

“Não é produzir um jornal. Um jornal é um produto acabado que é entregue à nossa porta. O que o jornalismo faz é informar as pessoas, e eu penso que as pessoas irão querer sempre informação, especialmente sobre as suas comunidades locais.”

E as pessoas podem exigir essa informação que as afecta a elas e às suas comunidades. Agora  que as comunidades têm maneira de se fazer ouvir, nada mais será como antes.

“Enquanto estivermos ligados a uma localização geográfica vamos querer saber o que se passa no nosso sítio. E isso nunca desaparecerá, as pessoas querem informação, e com profundidade. ”

O Jornalismo em dificuldades

Dave Cohn  tem uma analogia para explicar o que mudou na relação entre os utilizadores e os média:

“Se entrassem num restaurante e o empregado vos dissesse o que é que iriam comer ao jantar, vocês iam-se logo embora. Mas é assim que as notícias têm sido tradicionalmente distribuídas.”

“Se olharmos historicamente, nós viemos de uma época em que  havia uma comunicação do topo para a base, por isso fazia sentido: aqui estão as notícias, aqui está o que é importante.”

Hoje as pessoas podem pedir a informação que querem do vasto menu que é a web, e a definição do que é notícia ou não já não é decidida por um grupo restrito de pessoas.

“Tradicionalmente, 0.001% da população é que determinava a agenda noticiosa, e esses eram chamados de editores, e a razão pela qual eles podia determinar a agenda de informação é que eles eram os único com um orçamento.”

Cohn tem escrito e debatido longamente sobre o que é preciso ser feito para inovar e renovar a confiança nos média tradicionais. E para ele, as mudanças são de fundo:

“A forma como os orgãos de comunicação estão estruturados precisam de ser repensados ou reequipados, de forma a aumentar a capacidade de resposta, e a abertura. Mas a culpa não é deles, não é culpa de ninguém, porque vieram deste percurso histórico, que realmente passou à história: o que funcionou há 30 anos atrás já não funciona mais agora.”

A relação de confiança entre público e jornalistas também não tem sido muito estável. Perguntei a Dave Cohn se ele achava que a perspectiva do mundo dada pelos jornalistas era demasiado estreita. Ele diz que o problema não são os jornalistas.

“Eu acredito fortemente que os jornalistas em geral, quando falamos com eles individualmente, são no geral boas pessoas, e têm fortes convicções. Eles fazem o que fazem porque acreditam nisso, e são apaixonados pelo que fazem. Individualmente, a visão dos jornalistas e repórteres não é demasiado estreita.”

“Acho que o problema surge quando as instituições de que fazem parte – os jornais ou outras organizações noticiosas – estão estruturadas verticalmente, onde as ordens vêm de cima, e os indivíduos não podem tomar decisões na hora, e isso levou-as a serem algo limitadas, ou incapazes de se articular rapidamente, ou em resposta à comunidade, que agora tem uma voz com a internet.”

Apesar de ser um crítico em relação à lenta evolução dos média tradicionais, Dave Cohn não é um extremista:

“Penso que muitas vezes no debate sobre os novos e os media tradicionais pomos demasiadas vezes as coisas a preto e branco. É sempre mais complicado do que isso.”

O futuro e alguns conselhos

Para já, o Spot.us está sedeado na zona da baía de S.Francisco. Mas Dave Cohn está interessado em expandir o seu projecto para outras regiões e cidades como Nova Iorque, Los Angeles ou Seattle, enquanto vai sondando a aceitação que o projecto pode ter noutros países.

“O código da aplicação web é open source, por isso eu ficaria muito satisfeito e honrado se o quiserem usar no vosso próprio país. Eu quero que as pessoas peguem nisto, levem-no e usem-no na sua própria cidade.”

E aqueles que querem lançar-se por conta própria, como ele fez?

“Comecem pequeno, sejam realistas, e repitam.”

Ele reforça a ideia que o poder não está na tecnologia mas nas pessoas: “A comunidade ganha à tecnologia em qualquer altura.”

Esse é  espírito por detrás do trabalho de Dave Cohn. Ele dá mais um conselho, tanto para jornalistas como para empreendedores:

“Tenham paixão.”

E ele sabe do que é que está a falar.

Continue a ler ‘Entrevista : Dave Cohn em foco – Spot.us’

30
Out
08

I Congresso Internacional de Ciberjornalismo – Porto 11/12 Dezembro

Já tinha falado deste congresso aqui antes, mas vale a pena relembrá-lo. O ObCiber lançou esta semana o site oficial com toda a informação necessária para quem quiser participar.

Pelo programa e pela lista de participantes, este congresso promete, e tem como extra os Prémios de Ciberjornalismo. Visitem o site e vejam lá se não vale a pena passar dois dias no Porto em Dezembro.

As inscrições terminam no último dia de Novembro (e eu estou a fazer os possíveis para poder ir também, por isso se estão a pensar assistir ao I Congresso Internacional de CiberJornalismo, digam qualquer coisa).

O Observatório do Ciberjornalismo, do Centro de Estudos das Tecnologias e Ciências da Comunicação (CETAC.media), organiza, nos dias 11 e 12 de Dezembro de 2008, na Universidade do Porto, o I Congresso Internacional de Ciberjornalismo, sob o tema geral “Jornalismo 3G”.

O objectivo é reunir especialistas na área para analisar e debater questões centrais da prática ciberjornalística actual à luz de novas realidades empresariais, profissionais e formacionais. Os desafios colocados pela convergência e multitextualidade, o “backpack journalism”, o jornalismo face ao bloguismo, a afirmação do chamado “jornalismo do cidadão”, a inovação tecnológica e as experiências de empreenderorismo nesta área serão temas em destaque.

Pretende-se igualmente que o congresso constitua um momento por excelência para a actualização de conhecimentos científicos sobre o ciberjornalismo. Para o efeito, serão convidados académicos, nacionais e estrangeiros, que se têm destacado na investigação nesta área.

Apresentação


Continue a ler ‘I Congresso Internacional de Ciberjornalismo – Porto 11/12 Dezembro’

29
Out
08

Dave Cohn in the Spotlight

(Versão portuguesa aqui)

This is a crosspost with OJB, edited by Paul Bradshaw. Videos of the interview here and here.

Alex Gamela talks to Dave Cohn, founder of the non-profit, crowdfunding journalism project Spot.us, winner of a Knight News Challenge grant, and a suggested new model for the news business. On the eve of launching the Spot.us official website, Dave told OJB how he is putting his ideas into practice, and his views on the current state of journalism.

Four months after winning the KNC grant, Dave Cohn is a happy man. He started with a wiki where he presented and tested the different sides to his project, and he quickly managed to fund three stories. Now it is on its way to fund a fourth one. All of this even before having an official website.

The way it works is quite simple: someone – a journalist, a citizen, a community – pitches a subject to be investigated journalistically; the story is then open for funding, and whoever wants can contribute with a small sum; if the target amount is reached, a journalist takes the story on; finally it gets published.

So far this model has worked well:

“We’ve raised 3000 dollars from about 100 donors, about an average of 33 dollars each.

“It’s like digital poetry”

Dave Cohn has been doing his share on networked journalism for a while now, working with the likes of Jay Rosen and Jeff Jarvis.

He has strong beliefs on the possibilities that the web brings to journalism, the immense power of communities, and also in a change of attitude on the journalists part.

“Journalists and journalism right now is a diaspora, we’re sort of been kicked out of the homeland of newspapers, and we need to figure out where we can go from here”.

So he has been thinking about all this for a long time now, but the concept underlying Spot.us is rather recent for him: “I’ve been working on Spot.us as an idea for little over a year.”

Although it sounds simple, the task of building a platform has been complex, with all its nuts and bolts.

“Building a website in general is complex, and this is also building an organization. I have to remember this is a non-profit, so there’s a lot of framework behind that, to which I’m new to”.

But Dave Cohn is enthusiastic about it:

“I love every minute of it, because it’s like digital poetry. I have the opportunity to build this website as i envisioned it, and granted there are things that come up along the way that force me to put out some fires and do certain things, but they’re all part of this process, of , again, digital poetry.”

And who can participate? Spot.us “is not a news organization”, so he says he’s not considering hiring anyone. It’s “a marketplace, a platform that independent journalists can use to crowdfund for themselves”.

“It’s for freelance journalists, and it works on a pitch by pitch basis. We encourage everybody to do a pitch, everyone who wants to do this professionally.”

However, he recently announced that he is looking for journalists and communities to work with him.

The project has been promoted in two distinct ways: one, more traditional with the help of a marketing company. The other, based on a grassroots approach to the organized communities.

“It’s not really about marketing, but partnering with people that already have communities organized, and say: Look, you are a community, you have invested interested on something, you want something covered by a professional journalist, what is it? Lets find out what it is and how a professional journalist can cover it”

And what is Dave Cohn’s role in all of this?

“I’m an entrepreneur, strictly interested in the issues of journalism. What I’m passionate about and what motivates me is figuring out how journalism can continue to thrive, despite the death of its institutions. So I’m a journalist/entrepreneur in that sense where I’m trying to figure out how journalism can rethink itself and redefine itself so it can continue.”

Crowdfunding as a new business model

One of the most discussed issues on the new media blogosphere is how to find a sustainable business model for the news industry. Spot.us’ crowdfunding model raised some doubts over the possibility that groups with their own agenda might fund specific stories, thus skewing the journalistic goal of the project, in contrast with traditional media that appeared as the gold standard.

Dave Cohn is very clear about this:

“There’s no such thing as clean money. It’s a myth that newspapers’ money is clean. And anybody who is working in journalism knows the story of a publisher who killed an investigation because it would have threatened some advertising dollars.”

He argues that the process must be transparent every step of the way, and show “where the money comes from, limit donations.”

Besides, the names and the reputation of the professionals involved are at stake – the journalist who proposed to write the story, the editor, and the media who will publish it.

Cohn believes the role of the community is crucial, and everything changed when people got access to the new web tools:

“Maybe in the 1960’s community organizing meant gathering a bunch of people picketing, but now young people when they want to do community organizing they create media: they create a YouTube video, or a Facebook cause.

“And I think more and more you will get successful citizen journalism projects, and they’re usually led by civic leaders or community leaders, who have taken responsibility and said: look, this is an issue of my community, how can I help benefit it? Well I’ll take it online, organize online, by making media”.

One of the major shifts in the news paradigm is the growing need – and ability – that people have to claim issues that are close to them in the news agenda. And this raised questions about the effectiveness and the role of journalism, and how it served that need.

“People have serious information needs,” and “that’s what journalism should be: serving the information needs of people.

“It’s not producing a newspaper. A newspaper is a packaged product that is delivered to your door. What journalism does is to inform people, and i think people will always want information, especially about their local community.”

And now people can demand for the information that affects them and their communities, and in depth. Now that the communities know they can have their voice heard, nothing will ever be the same.

“As long as we are tied to geographical locations we’re going to want to know what’s going on in our geographical location. So that is not going to disappear, people want in depth stuff.”

Journalism on the spot

Dave Cohn has an analogy to explain what has changed in the relationship between users and media.

“If you walked into a restaurant and the waiter told you what you were going to eat for dinner, you’d walk right out. But that’s the way news has traditionally been served.

“When you look at it historically, we came out of a time where it was top-down communication, so that made sense: here’s your news, here’s what’s important.”

Now the people can order the information they want off the vast menu called the web, and the definition of what is news or not is no longer decided by a restricted number of people.

“Traditionally, 0.001% of the population determined the news agenda, and they were called editors, and the reason they were able to determine the news agenda is because they were the only ones with a freelance budget.”

Cohn has written and debated profusely about what needs to be done to improve and renew the trust in traditional media. And to him, background changes must occur.

“The way news media are structured need to be rethought or re-tooled, so it can respond more, and be more open, but it’s not their fault, it’s nobody’s fault, it’s just the way those organizations are structured, because it came out of this history, and it literally is history now, what worked 30 years ago doesn’t work anymore.”

The trust relationship between audience and journalists isn’t rock-steady. I asked Dave Cohn if the view of the world given by journalists wasn’t too narrow. He says it’s not about the journalists.

“I strongly believe that journalists in general, when you talk to them one on one are in general really good people, and they have strong beliefs. They’re doing what they’re doing because they believe in it, and they’re passionate about it. Individual reporters and journalists, their view is not too narrow.

“I think the problem comes in that, the institutions they’re part of – the newspapers or the news organizations – are structured in a top-down way, where orders come from the top, individuals can’t make necessarily decisions on the fly, and that caused them to be somewhat narrow, or unable to pivot rapidly or in response to the community, that now has a voice in result of the internet.”

Although he is critic about the slow evolution of traditional media, Dave Cohn is not extreme in his opinions.

“I think a lot of times in this traditional or new media debate we cast things in black and white a little too often. It’s always more complicated than that.”

The future and some advice

For now, Spot.us is based in the San Francisco Bay area. But Dave Cohn is interested to expand his project to other regions and cities, like New York, Los Angeles or Seattle, while he is probing the acceptance the project might have in other countries.

“The web code application is open source, so if you want to use it and start it in your own country or in your own city, I would be so happy and honoured. I want people to take this, it’s open source for a reason, take it and use it in your own city.”

And to those who want to start their own ventures?

“Start small, start realistic, and iterate.”

He reinforces the idea that the true power is not in technology, but in people:

“Community trumps technology any day of the week.”

That is the true spirit behind Dave Cohn’s work. He leaves one final piece of advice, both for journalists and entrepreneurs:

“Be passionate.”

And he knows what he is talking about.

Continue a ler ‘Dave Cohn in the Spotlight’

29
Out
08

Ferramentas para a web Semântica | Semantic web tools

Colin Meeks tem abordado no Journalism.co.uk como a web semântica pode ser utilizada pelos jornalistas. Neste slideshow ele explica como funciona e que ferramentas pode já ser utilizadas.  Vejam também a entrevista que ele fez com John Breslin.

Meeks tem mais slideshows das suas apresentações  no seminário Journalists and the Social Web em Oslo, para ver aqui: Journalists and the social web – Oslo Seminar.

Colin Meeks has been writing at Journalism.co.uk about the semantic web and how it can be used by journalists. In this slideshow he shows how it works and which tools are already available. See also his interview with John Breslin.

Meeks has more slideshows from his presentations at the Journalists and the Social Web seminar, in Oslo, that can be watched here: Journalists and the social web – Oslo Seminar.

I am just back from the seminar on Journalists and the Social Web in Oslo organised by the Norwegian Journalist Kristine Lowe, Journalism.co.uk and Journalisten.no. The day went really well with some fascinating discussion and I’d like to thank the hosts for their generous hospitality. I spoke at the seminar on several subjects including Mining Social Networks for Information, Monitoring News and The Semantic Web and journalists.

Journalists and the social web – Oslo Seminar

Continue a ler ‘Ferramentas para a web Semântica | Semantic web tools’

29
Out
08

BBC: Media on demand Poster

large poster

A BBC fez um poster a mostrar os consumos de media existentes. Via Alfred Hermida.

BBC created a poster representing how people are consuming media. Via Alfred Hermida.

The aim of the project was to understand how people are using media. Among the things that emerged was that a lot of people feel overwhelmed at the amount of choice there is and how  people mixed and matched old and new technologies to fit in with their lives.

BBC graphic shows how people use on-demand media

Continue a ler ‘BBC: Media on demand Poster’

27
Out
08

Poll: resultados sondagem redes sociais

Há uns dias fiz aqui uma pequena soundagem para saber que redes e ferramentas sociais usamos na web. Aqui estão os resultados:

Continue a ler ‘Poll: resultados sondagem redes sociais’

27
Out
08

Jornalistas diplomados: Uma discussão brasileira.E não só.

Rogério Christofoletti abordou no seu blog uma discussão que vai assolando as classes jornalística e académica sobre a qualificação dos jornalistas. Não só o assunto é sensível para profissionais e empresas, como para o público, que segundo uma pesquisa da Fenaj – Federação Nacional dos Jornalistas do Brasil, quer ver mais jornalistas diplomados a exercer a profissão. O post e os comentários merecem ser lidos para se entenderem as várias vertentes desta discussão: a corporativa, a académica, a individual, a empresarial.

Gritaria na web
Na internet e entre jornalistas, estudantes e pesquisadores da área, o assunto tem rendido discussões acaloradas. No Observatório da Imprensa, todas as semanas, artigos são publicados e versões são confrontadas. Numa lista eletrônica restrita a professores e pesquisadores da área, o professor Marcos Palácios insistiu em discutir aprofundadamente a possibilidade de mestrados profissionalizantes serem uma alternativa na formação de quadros mais qualificados para a profissão. Em poucos dias, a mensagem de Palácios foi objeto de reações as mais diversas, quase todas muito, mas muito apaixonadas, fazendo prevalecer argumentos corporativos e questionáveis.

Na blogosfera, gente influente do mercado e da academia vem se posicionando. Carlos Castilho (Código Aberto), por exemplo, ressalta o fato de que as escolas de comunicação não têm sido capazes de formar profissionais que possam enfrentar os novos desafios do jornalismo, provocados pelas novas tecnologias.

Alex Primo, por sua vez, afirma que a defesa do diploma não poder ser uma defesa do diploma per se, mas da formação de qualidade dos profissionais. Marcelo Träsel pega o gancho e envereda para o impacto que as novas tecnologias vêm provocando na atuação cotidiana desses profissionais. Já Márcia Benetti criticou violentamente a morosidade da inteligentsia brasileira, esperando uma atitude mais pró-ativa na condução e elevação do nível dos debates. Cética, ela acha que a batalha no STF está perdida e com a desregulamentação no jornalismo, não só os jornalistas perderão.

discussão sobre o diploma está muito ideologizada


E em Portugal? Quantos jornalistas licenciados em Jornalismo temos? E estarão eles melhor preparados do que os que não são licenciados? Acho que é uma daquelas situações que não dá para fazer uma avaliação no geral, pois cada profissional é um caso. Mas já percebi desde cedo que, em grande parte das situações – particularmente a  nível local – ter uma licenciatura em jornalismo não vale de nada. E quantos casos conhecemos nós de pessoas em cargos de comunicação institucional com formação em outras áreas? Para mim, desde que sejam competentes tudo bem, mas acaba por tornar inútil a existência de formação especializada, não porque essa formação seja inútil, mas porque é desvalorizada pelas próprias empresas e instituições.

Vamos a um caso (hipotético) específico: o mundo financeiro está em crise, não é? É necessário que haja jornalistas especializados em economia para cobrir o tema. Ou um economista que saiba fazer jornalismo? É preciso que um jornalista desportivo tenha sido um atleta? A resposta é simples: ter formação dentro de uma área específica permite ao jornalista ter uma visão mais compreensiva sobre um dado assunto, logo poderá transmitir uma mensagem mais clara. O que quero dizer é que não é preciso que um jornalista seja licenciado em Jornalismo para exercer, tem é que ter a capacidade de cumprir tecnicamente e trazer uma mais valia com a sua formação original para o orgão de comunicação que o emprega, que até nem pode ser superior, tem é que ser válida e útil –  e muitas vezes baseada na experiência de trabalho.

Mas antes que me comecem a atacar, tenho que esclarecer uma coisa: os jornalistas devem ser formados em Jornalismo, e se parece que me estou a contradizer leiam melhor. A formação não implica uma licenciatura, e além disso, grande parte da aprendizagem faz-se com experiência de trabalho. O que um percurso universitário traz (ou devia trazer) é uma visão mais alargada não só sobre o mundo mas também sobre a profissão, e numa época de mudança para jornalismo como esta que atravessamos, nunca tais requisitos foram tão necessários.

Então como ficamos? Creio que as escolas têm a responsabilidade de ser melhores; creio que os alunos têm a obrigação de ser melhores; creio que as empresas têm que saber valorizar a formação de cada profissional, se possível melhorá-la, e compreender que se podem tapar buracos com pessoas sem formação específica em jornalismo – ou com maus jornalistas – mas o buraco persiste.

Outra das coisas que me chateia é a Carteira Profissional. A existir deveria ser mais simples de obter, e acho que é um hipocrisia. Quantos jornalistas em Portugal trabalham sem carteira profissional? E para os novos modelos de negócio baseados em freelancing como é que um jovem jornalista que fez um estágio curricular de 3 meses se lança no mercado sem a avalização de uma comissão que exige que a entrada no “clube” seja feita por apadrinhamento? E porque é que o estágio para obter a carteira definitiva é tão longo? Uma licenciatura não serve como comprovativo de capacidade do profissional, mas para alguma coisa deve servir.E para que funcione, teria que haver uma avaliação das empresas de comunicação, já que há directores de jornais que não cumprem regras, empresas que não pagam, gente com menos capacidade em cargos de gestão. Por isso, se querem certificar a base da pirâmide, tratem de a fiscalizar até ao topo.

Com o jornalismo do cidadão, a participação dos jornalistas em várias plataformas, e os novos problemas deontológicos e éticos que surgem todos os dias, estas questões tornam-se cada vez mais pertinentes. E vocês, o que acham?

Continue a ler ‘Jornalistas diplomados: Uma discussão brasileira.E não só.’

24
Out
08

WebVideo: Desmontando o mito | Myth Busting

Newspaper Video – 7 strategies for success(maybe)

7 web video myths

1. Shorter is better

2. Content is king

3.Connect emotionally

4. Avoid Talking Heads

5&6 The Tripod Rules

7. Lots of Closeups

O video há um ano atrás era considerado como a salvação dos jornais na web, mas o que se vê agora é o despedimento massivo de videastas web das redacções. Um ano não chega para testar tudo o que é possível para rentabilizar um meio tão poderoso como as imagens em movimento, nem para ensinar os profissionais e as estruturas em que se inserem a retirar o maior proveito deles.

Fazer video para a web não é o mesmo que fazer televisão nem curtas metragens em tom de documentário. Mas é um pouco dos dois e muito mais, e à medida que tecnicamente a visualização de vídeos na web é cada vez mais rápido e melhor, é um erro crasso não se continuar a investir nesta linguagem, e permitir que se desenvolva e ganhe características próprias.

A pergunta que muitos fazem é: como fazer vídeos para a web? Algumas das respostas vêm neste post do video 2 zero, que desmonta alguns mitos fundamentais. O mais importante continua a ser a história, e como no resto do trabalho jornalístico, ela tem que ser contada de forma a que a maioria das pessoas a perceba.

Nós temos uma bagagem de 100 anos de cinema e 50 de televisão, por isso existe já na maioria das pessoas uma capacidade inata para desenvolverem narrativas audiovisuais, se perceberem como capturar e  montar os elementos necessários. E também é necessário que as redacções percebam que nem todas as histórias precisam de vídeo.

Acima  de tudo, percebam o que querem contar, o que é importante visualmente para o contar, e contem-no de maneira simples. O video pode ser a peça inteira, mas também pode funcionar como complemento. Essa é a beleza da web.

E como todas as regras, aprendam-as, entendam-nas, e esqueçam-nas.

One year ago video was presented as the salvation for online newspapers, but what we are watching now is the massive lay offs of web videographers from the newsrooms. One year is not enough to test everything that is possible to take advantage of such a powerful medium like moving images, nor to teach professionals and the structures they’re part of to take the most out of it.

Creating web videos is not the same as doing television or documentary-like short films. But it’s a bit of both and a whole lot more, and as technically video vusualization on the web becomes faster and better, it is a huge mistake to stop investing in this language, and allow it to grow and develop features of it’s own.

The question that many ask is: how to create web videos? Some of the answers come in this post at video 2 zero, that debunks some fundamental myths. The most important is still the story, and just like in the rest of the journalistic work, it has to be told in a way most peoplecan relate to it and understand it.

We have 100 years of cinema an 50 years of television on our back, so there is in many of us a natura ability to develop audiovisual narratives, as long we understand how to capture and compile the necessary bits and pieces. And it is also fundamental that the newsrooms understand that not every story is a candidate for video.

Above all, understand the story you want to tell, what is important visually to illustrate it, and keep it simple. Video can work as stand alone, but also as a complement to other narratives. That is the beauty of the web.

And like all the rules, learn them, understand them, and forget them.

Number 3 in 7 things Videojournalists can learn from Musicians: never allow hesitation, indecision or lack of preparation to affect your performance.

Newspaper Video – 7 strategies for success(maybe)

Continue a ler ‘WebVideo: Desmontando o mito | Myth Busting’

24
Out
08

Conferência novos modelos de negócio | New business models summit

New Business Models for News Summit

Jeff Jarvis organizou na CUNY a segunda conferência dedicada a novos modelos de negócio para o jornalismo.  Para quem não se podia deslocar a Nova Iorque para assistir à conferência, havia sempre a possibilidade de ver tudo online e em directo. Não viram? Está tudo aqui, on demand. Bom fim de semana.

Jeff Jarvis organized at CUNY the second conference dedicated to new business models for news. For those who weren’t able to go to New York to attend to the summit, there was always the chance to watch the whole thing  live online. You missed it? Don’t worry, it’s all here, on demand. Have a nice weekend.

The day begins with informational and perhaps inspirational talks from people who are creating and implementing new models. Samir Arora of Glam and Tom Evslin of Fractals of Change will talk about new network models for media and business in the connected internet. Edward Roussel of the Telegraph and Dave Morgan of Tennis (and founder of Tacoda) will explore new structures for news companies – e.g., spinning off or outsourcing what once were core tasks but are now costs burdens, such as distribution, production, and even sales.

We will have two lightning rounds of presentations by entrepreneurs and executives who are executing new models. We will list those on the agenda.

In the afternoon, we will move into Aspen-Institute-like sessions in five groups, each charged with coming back with specific models, suggestions, and needs:

* Network models for news

* New structures for news organizations

* New structures for news operations (newsrooms), including new efficiencies and new focus leading to new job descriptions.

* New revenue models for news – advertising and more and what is needed to support these new models

* Public support for journalism – there are no white knights but can the public (in the form of foundations, corporations, and individual contributions) help support elements of journalism?

The groups’ leaders and rappateurs will return to a closing plenary session to share their work. And then we break out the well-deserved wine.

About The New Business Models for News Summit

Continue a ler ‘Conferência novos modelos de negócio | New business models summit’




I moved | Mudei-me

140char

Sharks patrol these waters

  • 132.743 nadadores|swimmers
who's online

Add to Technorati Favorites

View my FriendFeed



Twitter

Add to Technorati Favorites Creative Commons License

Naymz | LinkedIn

View Alex Gamela's profile on LinkedIn

View Alex Gamela's page at wiredjournalists.com


Videocast

Top Clicks

  • Nenhum

a

Ouçam o meu podcast AQUI | Listen to my podcast HERE |


My del.icio.us

Use Open Source

LastFM

 

Outubro 2008
S T Q Q S S D
 12345
6789101112
13141516171819
20212223242526
2728293031