
yeah, but are you ready?
Suzanne Yada dropped by yesterday and left a comment to my post about new roles for journalists, regarding the part where i say “A journalist is a brand”: The whole notion of branding and networking is something too many journalists are scared of, as if it meant to sell your soul. I wrote a lengthy blog about it here, and I got some interesting private responses like “Oh no, I don’t even want to think about this.” It’s too bad! She wrote two brilliant posts with a list of resolutions for journalism students, that you must read if you’re still in school (and even if you are not), in which she talks about the importance of self promoting. I wrote about this too, and it worries me that professionals (and especially the younger ones) aren’t taking this seriously. Reality check: you will hardly be recognized as the CNN, Rolling Stone, Time or Newsweek journalist because you’ll be a freelance most of your career. That is how the market will be working in the future for most of us. So, if you are going to be the manager of your own company (you) you better start thinking how to promote it. The funny thing is that we do it everyday in real life, in the way we show up for job interviews, the way we connect with teachers, other journalists, or other type of people that may land us a job. Now the goal is to take that online too. I have made more professional connections in the last year just through my blog than in eight years answering to job ads. And the way i’m doing it, people are coming to me! Alfred Hermida reminds us that this year will be rough everywhere for journalists. He gives the example of Azeem Ahmad, that despite being considered the Birmingham University Student Journalist of the Year hasn’t found a job yet. I helped Azeem out once and i saw how dedicated and bright the guy is, and it’s a shame. But his chance will come. So follow the advice on these posts, and start building your brand to get noticed.
|
A Suzanne Yada deixou ontem um comentário no meu post dedicado aos novos papéis dos jornalistas, pela parte em que digo que “Um jornalista é uma marca”: Toda a noção de branding e networking é algo de que demasiados jornalistas têm medo, como se se tratasse de vender a alma. Escrevi um post longo sobre isso aqui e recebi algumas respostas privadas interessantes como “Oh não, nem quero pensar nisso”. É demasiado mau! Ela escreveu dois posts brilhantes com uma lista de resoluções para estudantes de jornalismo, que devem ler se ainda estão na escola (ou não), nos quais ela fala da importância da auto promoção. Eu escrevi sobre isto também, e preocupa-me que os profissionais (especialmente os mais novos) não estejam a levar isto a sério. Chamada à realidade: dificilmente serão reconhecidos como o jornalista da CNN, Rolling Stone, Time ou da Newsweek, porque serão freelancers a maior parte da carreira. É assim que o mercado vai funcionar para a maioria de nós. Por isso, se vão ser os gestores da vossa própria empresa (vocês) é melhor começarem a pensar como vão promovê-la. O mais engraçado é que nós fazemos isso todos os dias na vida real, na forma como aparecemos nas entrevistas de emprego, como falamos com professores, jornalistas, ou outras pessoas que nos possa arranjar trabalho. Agora é praticar isso online. Fiz mais contactos profissionais no último ano através do meu blog do que em oito anos a responder a anúncios. E são eles que vêm ter comigo. Alfred Hermida lembra-nos que este ano vai ser difícil para os jornalistas. Ele refere o caso do Azeem Ahmad, que, apesar de ter sido considerado o Estudante de Jornalismo do Ano da Universidade de Birmingham, ainda não arranjou trabalho. Eu ajudei uma vez o Azeem num trabalho e vi como ele é dedicado e talentoso, e é uma pena. Mas a oportunidade dele virá. Por sigam os conselhos nestes posts, e comecem a fazer com que a vossa marca seja reconhecida.
|
Os conselhos que te dou são estes, e são muito simples:
– melhora o teu português: o teu comentário está cheio de erros ortográficos e alguns gramaticais. Se cada um falar a língua à sua maneira ninguém se entende. Para resolveres isso aconselho-te a ler mais livros, e de preferência vai tentando ler obras que sejam intelectualmente mais exigentes do que a anterior. Se houver algum conceito que não compreendas, usa o computador, o Google é uma ferramenta fantástica. Isto leva-me ao ponto seguinte.
– desenvolve o teu conhecimento: um jornalista tem que ser curioso por natureza, caso contrário é mau jornalista. É preciso que tenha a capacidade de perceber o porquê das coisas, e inteligência para compreender as consequências de determinada situação. Se não queres aprender coisas novas, escolhe outra coisa para fazer na vida.Hoje em dia o grande problema no jornalismo é a divisão entre os que querem aprender, e os que querem ficar na mesma.
– respeita os outros: isto pode soar um pouco estúpido, mas no jornalismo lida-se basicamente com pessoas. Se não respeitarmos a pessoa com quem estamos a falar, e, acima de tudo, a comunidade que queremos informar, estamos a ser más pessoas. E maus jornalistas.
– começa a trabalhar num orgão de comunicação, local ou na web: deves andar a meio do liceu, pelo que pude perceber, mas nunca é demasiado cedo para teres contacto com a realidade. O jornalismo é daquelas profissões que se aprende enquanto se trabalha, o que traz duas vantagens- se vês que não gostas estás sempre a tempo de fazer outra coisa, e se gostares já estás a ganhar experiência. Tens formações para jovens jornalistas e outras coisas do género no site da Youth Press Portugal . E visita sites ligados ao jornalismo para começares a conhecer os cursos que existem em Portugal, e fala com pessoas que conheças que estejam em Jornalismo para saber o que eles pensam dos cursos onde estão. Procura na web manuais de jornalismo, e cursos online de jornalismo, porque eles existem. Em português e em inglês.
– podes criar o teu próprio blog onde faças as tuas próprias reportagens de concertos, festas, etc. Aprende a usar ferramentas como slideshows, editores de vídeo, áudio e de fotografia. Se não tiveres material usa o telemóvel. Para começar chega bem.
– lê jornais e revistas, visita sites informativos, vê as notícias na TV: primeiro apercebes-te que existem várias maneiras de contar a mesma coisa, e depois também começas a ganhar noção de qual é o meio que mais te fascina.
– se não és humilde, esquece: há sempre alguém que sabe muito mais que nós, e devemos aprender sempre com esses. Há também os outros que não prestam e nos dificultam a vida, mas temos todos que engolir sapos algum dia.
– não tenhas medo: dúvidas temos todos, mas esta profissão baseia-se no pressuposto de que queremos saber uma coisa que ainda não sabemos, ou que as pessoas não sabem e precisam de saber. Fazer perguntas a desconhecidos é o dia a dia de um jornalista,por isso não te podes dar ao luxo de ser tímida.
– cria a tua vida para além do jornalismo: esta profissão é absorvente, viciante, enclausurante. Mas precisamos todos de uma vida para além do trabalho.
Boa sorte.”