In this second post about the most annoying discussions on new media debate, i’ll be adressing the oldest one: bloggers vs journalists, or, Spy vs Spy. This is also a prelude for tomorrow’s post, but you’ll have to wait to know what it is about.
Bloggers vs Journalists
The real issue: why are all these people in their pyjamas beating journalists in heir own playground? Easy to answer: because it’s more comfy! And because anyone can publish content and have as much or more audience for it than traditional media, for some years now. Bloggers blog because they want to, and are not tied to a strict newsroom structure (it’s more fun than a job- not really, no), nor suffer the pressures of an editorial line besides their own personal views. Because people got tired of reading the same news everywhere and now and then someone had a new perspective and fresh details. They even had some of the major news stories in the last years!
Journalists felt their position as town criers was at stake and said blogs weren’t journalism. Yes, for once they got one right. It’s not, it’s a content management platform. Nobody cares when a newspaper shaped propaganda is shoved down our mail box, we know that, though it looks like a newspaper, it’s not a newspaper. So why the big fuss? Anyone could beat journalists at their own game and they started kicking and squealing. They didn’t even noticed that some of their new competition were people with better expertise and connections than them. Heck, some bloggers were journalists! They were just using their own publishing platform, instead of working for one.
There were issues like author anonimity, that sometimes was (is) necessary, because telling the truth can be a dangerous game, but it also can be a cloak for ill intentioned people. Or copyright and plagiarism. Or the futility and lack of quality of most of the content.
Fortunately, this debate has faded out almost completely. Bloggers have their space in the media and journalists blog. The debate lately turned into how to define rules and ethical guidelines for bloggers, and which and how some can have access to events just like journalists do. Like in journalism, there are lies and rumours and false information. But that is both bad journalism and bad blogging.
Media and bloggers turn to each other for information, and blogs helped to shape the link economy, and thus set a new model for online media based on sharing, commenting, referring outside, competing sources. Some of the most successful new media news ventures started as blogs, and they’re making money while traditional media faces the biggest crisis ever. This must mean that they’re doing it right.
Blogs helped (forced) journalism to take a decisive step into the future. So stop whining and thank them for it.
|
Neste segundo post sobre as discussões mais iritantes no debate sobre os novos media, vou falar do mais antigo: bloggers vs jornalistas, ou Spy vs Spy. Isto também é um prelúdio para o post de amanhã, mas vão ter que esperar para saber sobre o que é.
Bloggers vs Journalists
A verdadeira discussão: porque é que estão estas pessoas todas de pijama a bater os jornalistas no seu próprio jogo? Fácil: porque é mais confortável! E porque qualquer um pode publicar conteúdos e ter tanto ou mais público do que os media tradicionais, há já uns anos. Os bloggers blogam porque querem fazê-lo, e não estão presos a um estrutura rígida de uma redacção (é mais divertido que ter um emprego – não é nada), nem sofrer as pressões de uma linha editorial para além da sua visão pessoal. Porque as pessoas ficaram cansadas de ler a mesma notícia em todo o lado e de vez em quando alguém tinha uma nova perspectiva ou pormenores frescos. Tiveram até alguns dos maiores furos dos últimos anos!
Os jornalistas sentiram a sua posição como pregoeiros ameaçada e disseram que os blogs não eram jornalismo. E dessa vez lá acertaram uma. Não são, são só uma plataforma de gestão de conteúdos. Ninguém liga quando nos enfiam uma publicidade em forma de jornal na caixa do correio, nós sabemos que apesar de se parecer com um jornal, não é um jornal. Então para quê tanta confusão? Qualquer um agora podia bater os jornalistas no seu próprio jogo e eles começaram a espernear. Nem repararam que alguns dos seus novos competidores eram pessoas com mais conhecimentos e ligações que eles. Raios, alguns bloggers eram jornalistas! Estavam só usar uma plataforma de publicação própria em vez de trabalhar para uma.
Houve discussões sobre o anonimato dos autores, que por vezes era (é) necessário, porque contar a verdade pode ser um jogo perigoso, mas também pode ser um manto protector para gente mal intencionada. E sobre direitos de autor e plágio. Ou sobre a futilidade e a falta de qualidade da maioria dos conteúdos.
Felizmente este debate esmoreceu quase por completo. Os bloggers têm agora o seu espaço nos media e os jornalistas blogam. O debate incide agora sobre as regras e as linhas éticas que devem seguir, e a quais e como é que devem aceder a eventos, como os jornalistas podem. Como no jornalismo, há mentiras, rumores e informações falsas. Mas em ambos os casos é mau jornalismo e mau blogging.
Os media e os bloggers viram-se uns para os outros em busca de informação, e os blogs ajudaram a moldar a economia de links, estabelecendo assim um novo modelo para os novos media assente na partilha, comentário, referências externas para fontes da concorrência. Algumas das iniciativas em novos media de maior sucesso começaram como blogs e fazem dinheiro enquanto os media tradicionais enfrentam a sua maior crise de sempre. Isto significa que alguma coisa devem estar a fazer bem.
Os blogs ajudaram (forçaram) o jornalismo a dar um passo decisivo para o futuro. Por isso parem de se queixar e agradeçam-lhes por isso.
|
Comentários Recentes