Peter Burke é um historiador que se debruça sobre as temáticas da comunicação, e deu uma entrevista ao jornal brasileiro Diário do Nordeste.
Alguns autores falam de um desaparecimento da imprensa, no meio impresso. No entanto, já se falou do desaparecimento da pintura por conta do advento da fotografia; do cinema, por conta da TV. Com o impresso pode se reinventar para sobreviver?
Na minha opinião, o completo desaparecimento da mídia impressa é tão improvável quanto a sua persistência inalterada. Para tomar o modelo do seu exemplo, da pintura e da fotografia, ou o exemplo, na história da comunicação, do manuscrito após a invenção da imprensa, ou do rádio na era da televisão, eu apostaria na sobrevivência do impresso, mas também no declínio de sua importância, associada a uma mudança de função, na qual este se tornaria cada vez mais especializado. É bom pensar a “mídia” no plural, como uma espécie de pacote ou, se preferir, um sistema. Ao se introduzir um novo elemento no sistema, todas suas outras partes, incluindo a divisão do trabalho entre elas, vão se transformar.
Alex, boa dica. Agora, me diz se essa foto dele não é da década de 70? bj
Se não é, parece hehe.