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As empresas de comunicação estão a restruturar-se, a despedir e a recorrer ao outsourcing, deixando muitos profissionais veteranos sem trabalho fixo. Ao mesmo tempo, os recém licenciados em Jornalismo vêem as suas hipóteses de arranjar um emprego na indústria ficarem cada vez mais pequenas. Tornarem-se freelancers é, portanto, uma opção. Mas onde encontrar trabalhos ou pessoas para os fazer? IAmNews é o ponto de encontro para ambos.
O conceito é simples: “Para os editores, é um local para distribuir trabalhos jornalísticos por entre uma rede internacional de repórteres e fotógrafos, e ver um conjunto de conteúdos criados por esses repórteres. Para jornalistas freelancer é um sítio para encontrar trabalhos ou publicar os seus próprios conteúdos informativos.”
A descrição é de Nir Ofir, fundador do IAmNews. “Basicamente estamos a tentar eliminar a distância entre as necessidades dos dois lados, que é ligarem-se, mas que não o conseguem fazer hoje em dia devido a barreiras linguísticas e à falta de um ponto central para que os dois lados se familiarizem um com o outro quando necessário.”
A página assemelha-se a uma rede social, onde podemos criar um perfil descrevendo a nossa experiência profissional, os nossos tópicos favoritos, e especialidade (escritor, fotógrafo, cameraman). Há uma área intitulada de “redacção” que é onde as propostas de trabalho e conteúdos serão apresentados. E se quisermos, podemos publicar o nosso artigo e ficar à espera que seja licitado por um orgão de comunicação. Mas não pensem nisto como um serviço de agência com freelancers.
“Pensamos que o iamnews é diferente. É diferente porque se foca numa solução que irá ligar editores e repórteres em tempo real”, explica Ofir, “não estamos a assumir a parte editorial no nosso trabalho diário. Estamos interessados em criar ligações entre as pessoas e não em enviar histórias para os media.”
E onde é que o IAmNews ganha o seu? “O nosso modelo de negócio é muito simples. Actuamos como mediadores e ficamos com uma parte das transações entre editores e contribuidores.” E só os editores é que pagam alguma coisa. ” O registo é gratuito, curto e simples. Os editores irão pagar pelos serviços dos jornalistas no nosso sistema por projecto ou como parte do nosso sistema de distinções.”
O projecto ainda está em fase Alfa, mas já se podem registar e testar as funções existentes. “No final do mês iremos abrir a nossa redacção, o que permitirá aos editores criar ofertas de trabalho (privadas e públicas) no nosso sistema. O sistema irá agir como um agente para todos os jornalistas registados e convidá-los a propor as suas reportagens, baseados na sua localização e especialidade.”
Será o IAmNews o prenúncio de um novo tipo de relacionamento entre a indústria e os profissionais, na futura ordem informativa mundial? “Numa altura em que a maioria das companhias de media fecham gabinetes e diminuem os recursos, dependendo maioritariamente de grandes agências genéricas, vemo-nos como uma futura alternativa, trazendo vozes e imagens que sejam rentáveis e diferentes.” Sendo estas últimas as palavras mágicas.
Alex, que iniciativa bacana! Para alguém que está prestes a se formar em jornalismo, conhecer um site como esse é incrível! Vou me inscrever agora!
Muitos dos meus colegas de turma se formaram agora em janeiro. Pouquíssimos conseguiram algum emprego. Para piorar, estudamos em uma cidade pequena onde as oportunidades para comunicação não são muito grandes.
Ou seja, formamos sem emprego e quase sem experiência no mercado.
Hoje fui olhar algumas oportunidades para trabalhar no exterior através de uma empresa de intercâmbio. Encontrei um programa muito bacana de estágio remunerado nos EUA. É para trabalhar um ano e o programa é para estudantes ou recém-formados. Estou torcendo para que achem alguma coisa na minha área!
No mais, adorei saber sobre essa nova rede! Continue escrevendo!
Grande abraço!